quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Gestão Escolar Brasileira na Perspectiva Participativa e Democrática

Após a leitura de textos e análises, percebe-se que a gestão democrática está constituída, baseada e amparada desde a década dos anos 80 na constituição federal do artigo 206. Sendo assim, os artigos 12, 13 e 14 da lei nº 9394/96 (LDB) estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional apontam, de maneira enfática, a importância da gestão democrática para a educação.



Gestão democrática, então, representa compromisso para articular e incentivar a participação da comunidade escolar. Ela está vinculada aos mecanismos legais e institucionais e a coordenação de atitudes que propõe a participação social: no planejamento e elaboração de políticas educacionais, na tomada de decisão, na escolha do uso de recursos prioridades de aquisição, na execução das resoluções colegiadas, nos períodos de avaliação da escola e da política educacional. Devemos enfatizar então, que a democracia na escola por si só não tem significado. Ela só faz sentido se estiver vinculada a uma percepção de democratização da sociedade.


Desta forma, a escola é um campo especifico de educação, onde se estabelecem crenças, idéias e valores, considera a pluralidade e diversidade das forças que movem o movimento social.


Portanto, Gestão Escolar é a promoção de distribuição das responsabilidades que objetivam intensificar a legitimidade do sistema escolar. É um processo de partilha, o contrário de gerenciamento. E está associado ao fortalecimento da democratização do processo educacional e pedagógico.


Certamente, pode-se dizer que gestão e administração são palavras muito comuns no cotidiano, não apenas de administradores, mas também no vocabulário de, praticamente, todas as pessoas. O uso da palavra “gestão” vem se intensificando no Brasil nos últimos anos de forma conspícua. É possível perceber a vinculação existente entre as expressões “administração” e “gestão educacional” que na literatura e nos discursos sobre educação tem muitas vezes expressado ora um sentido único, como se fossem sinônimos, ora como se fossem termos com significados diferentes.


Segundo Bordignon e Gracindo (2000:147), algumas vezes gestão é apresentada como um processo dentro da ação administrativa, outras vezes seu uso denota apenas a intenção de politizar a ação administrativa, noutras apresenta-se como sinônimo de gerência, numa conotação neotecnisista dessa prática e, em muitos momentos, gestão aparece como a nova alternativa para o processo político administrativo.


Já Menezes e Santos (2002) definem a gestão escolar como a expressão relacionada à atuação que objetiva promover a organização, a mobilização e a articulação de todas as condições materiais e humanas necessárias para garantir o avanço dos processos socioeducacionais dos estabelecimentos de ensino orientados para a promoção efetiva da aprendizagem dos educandos.


Assim compreendida, a gestão da escola garante a realização dos princípios de educação: compromisso com a sabedoria de viver juntos, respeitando as diferenças, compromisso com o mundo mais humano e justo para todos os que nele habitam independente de raça, cor, credo, ou opção de vida.


A escola é uma instituição social dotada de especificidade e no contexto da educação brasileira, tem sido dedicada atenção à gestão na educação, cujo conceito supera o enfoque limitado de administração e se assenta sobre uma perspectiva de resolução efetiva das dificuldades cotidianas, pela doação de mecanismos e métodos estratégicos para a solução dos seus problemas.


Mediante estudos de textos e pesquisas realizadas refletir profundamente que a escola é o lugar de grandes atribuições e mediações para o desenvolvimento do ser humano, como: socialização, autonomia, respeito mútuo, aprendizagens e outros.


Desse modo a escola em que atuo não é diferente das demais, uma vez que a mesma está inserida no âmbito educacional democrático e participativo, com seriedade e seus compromissos que estão baseados no Projeto Político Pedagógico